Dia Municipal das Violas de Queluz presta reverência ao único Patrimônio Imaterial de Lafaiete

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A cidade de Conselheiro Lafaiete comemora nesta segunda-feira, 29/03, o Dia Municipal das Violas de Queluz. A data presta homenagem ao instrumento que se tornou Patrimônio Imaterial do município. Foi num dia 29 de março, na antiga Queluz que o violeiro José de Souza Rodrigues Salgado tocou o instrumento para Dom Pedro II que passou pela região a caminho de Ouro Preto em 1881, há exatamente 140 anos.

As famosas Violas de Queluz, eram produzidas por artesãos das famílias Meirelles e os Salgado que entre final do século XIX e início do XX, sobressaíram na confecção dos instrumentos que eram vendidos principalmente por ocasião do jubileu que se realizava em Congonhas do Campo. A cidade de Conselheiro Lafaiete é detentora de um dossiê que possui as regras e características que eram usadas na fabricação das antigas Violas de Queluz produzidas no século XIX e início do século XX em oficinas das famílias Meirelles e Salgado.

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Foi decretado que esta forma de fabricação é patrimônio imaterial do município. Sendo assim, qualquer pessoa que queira identificar ou fabricar uma viola no modelo Queluz terá que seguir as regras que estão contidas no documento. A viola, como sendo uma caixa de ressonância, cujo som puramente acústico, amplificado por esta caixa, é resultado do talento de artesãos que se dedicam à arte da Luthieria, chamado Luthier. Conselheiro Lafaiete foi no passado uma cidade referência neste ofício que levou a cidade de Queluz a ser reconhecida no mundo inteiro.

Valter Salgado um dos grandes divulgadores da Viola de Queluz.

Atualmente com a industrialização, a Luthieria artesanal deixou de ser lucrativa, mas tornou-se o prazer de uns poucos mestres que até hoje mantem a tradição e preservam a memória que faz de Conselheiro Lafaiete a “Terra das Violas de Queluz”. Contudo, é trabalho e objetivo da Secretaria de Cultura e do Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural da cidade, através de ações específicas e da Educação Patrimonial, popularizar a Viola em toda a sua extensão, desde a sua história, modo de fazer e tocar, afim de que façamos perdurar este legado às próximas gerações e nos oportunize continuar nos encantando com o seu som inigualável.

Para o secretário municipal de Cultura, Geraldo Lafayette, o Dia Municipal das Violas de Queluz celebra o único bem tombado como Patrimônio Imaterial de Conselheiro Lafaiete e ainda, o símbolo da cidade – Terra das Violas. “É uma forma também de celebrar a data, uma vez que não foi possível, devido a pandemia, realizar nenhum evento comemorativo. Fica aqui o meu abraço e agradecimento”, diz o secretário.

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