Padres da Forania de Lafaiete se manifestam contra a descriminalização do aborto

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Os padres da Forania de Conselheiro Lafaiete emitiram uma nota onde se manifestaram contra a descriminalização do aborto até o terceiro mês de gestação que está em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF). A nota está sendo lida em todas as paróquias da cidade durante as missas neste fim de semana.

Ilustração: CNBB/divulgação

Confira a nota na integra:

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“Escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência (Dt 30,19)

Nós, padres da Forania de Conselheiro Lafaiete, vimos através desta nota reafirmar nossa clara posição a favor da vida desde a sua concepção até o seu fim natural.

Diante do julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442 que está em pauta no Supremo Tribunal Federal (STF), em comunhão com a CNBB, consideramos que “jamais um direito pode ser exigido às custas de outro ser humano, mesmo estando apenas em formação. O fundamento dos direitos humanos é que o ser humano nunca seja tomado como meio, mas sempre como fim” (VIDA: DIREITO INVIOLÁVEL, Nota da CNBB, 14 de setembro de 2023) e, portanto, reiteramos que “o aborto constitui a eliminação de uma vida humana, tratase, pois, de uma ação intrinsecamente má e, portanto, não pode ser legitimada como um bem ou um direito” (Vida: Dom e Compromisso II: fé cristã e aborto, Edições CNBB, 2021, n. 96).

Pedimos a todos os fiéis que estejamos em profunda comunhão nessa causa da defesa da vida em todas as suas etapas, cultivando a solidariedade e a compaixão para com todos os que sofrem de tal modo que sejamos instrumentos que colaboremos concretamente com a promoção da vida de todos em todas as circunstâncias, superando diferenças ideológicas e partidárias.

Como afirmou profeticamente o Papa Francisco, “[…] esta defesa da vida nascente está intimamente ligada à defesa de qualquer direito humano. Supõe a convicção de que um ser humano é sempre sagrado e inviolável, em qualquer situação e em cada etapa do seu desenvolvimento. É fim em si mesmo, e nunca um meio para resolver outras dificuldades. Se cai esta convicção, não restam fundamentos sólidos e permanentes para a defesa dos direitos humanos, que ficariam sempre sujeitos às conveniências contingentes dos poderosos de turno” (Evangelii Gaudium, 213).

Urge, portanto, que nossas manifestações em defesa da vida sejam expressão clara da vontade dos brasileiros de defender o nascituro em seu direito humano de nascer e que ocorram de maneira sempre pacífica, respeitosa, mas de modo firme e inteligente seja no nível da argumentação seja no nível das diversas iniciativas concretas que se pode desenvolver em prol da defesa da vida em sua integralidade.

Conselheiro Lafaiete, 08 de outubro de 2023.

Por ocasião da celebração do Dia do Nascituro.

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