Na noite da última segunda-feira, 6 de janeiro, a capela de Santa Teresa D’Ávila, localizada no distrito de Bandeirantes, em Mariana, foi fortemente depredada. Segundo a Polícia Militar, o homem responsável pelo dano estava em surto psicótico e destruiu cadeiras, portas, bancos, danificação do forro do teto, lustres, castiçais e a pedra do altar, chamada de pedra d’Ara.

Pertencente a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, o templo é datado do século XVIII, de arquitetura maneirista, uma fase arquitetônica mais primitiva que antecede o barroco. Segundo o pároco, padre Marcelo Moreira Santiago, trata-se de uma capela ativa, pois ali celebram-se missas uma vez por mês, no primeiro domingo, tendo a última rezada no dia 5 de janeiro, um dia antes do ato.

Na capela não permanece o Santíssimo Sacramento, o que evitou, para além dos danos causados, qualquer profanação. As imagens históricas, que pertencem ao acervo, ficam na reserva do Museu Arquidiocesano de Arte Sacra, em Mariana, e são levadas para a comunidade, sobretudo a imagem da Padroeira, Santa Teresa D’Ávila, apenas por ocasião de sua festa.

A Arquidiocese de Mariana lamenta o ocorrido, solidarizando-se com a comunidade local. Medidas já estão sendo tomadas pela Arquidiocese, como o fechamento da capela com tapumes para impedir o acesso de pessoas mal-intencionadas, promovendo uma maior segurança para o local.

Por se tratar de uma capela tombada pelo município, um projeto de manutenção do espaço está em elaboração e será apresentado a Secretaria Municipal de Cultura, através do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (COMPAT), para que o templo possa ser reaberto à comunidade o mais breve possível.

Desde o acontecimento, a comunidade vem se mobilizando para levantar recursos para ações imediatas, como a aquisição de objetos litúrgicos e de alguns consertos, como os de alguns bancos, que não foram totalmente danificados. A capela permanecerá fechada até que haja condições de acolher novamente os fiéis nas celebrações religiosas que ali se realizam.
Texto e fotos: Paulo César Gouvêa/Arquidiocese de Mariana