Prefeitura de Congonhas implementa projeto Programa de Resposta e Intervenção

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Em 2022, a Prefeitura de Congonhas, por meio da Secretaria de Educação, implementou na forma de projeto piloto, o Programa de Resposta a Intervenção (RTI). O modelo é uma abordagem eficiente para intervenção da dificuldade de aprendizagem no contexto educacional. 

Trata-se de um programa instrucional, multinível, voltado para prevenção, identificação e intervenção das dificuldades de aprendizagem. Por meio dele pode-se identificar crianças com fatores de risco para transtornos de aprendizagem, como é o caso da dislexia. O programa exige que se realize avaliação e monitoramento do progresso, ajustando a intensidade do processo de intervenção conforme a capacidade de resposta do aluno.

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O programa ocorreu em três níveis: a primeira camada iniciou-se com o rastreio universal, ou seja, todos os alunos das turmas foram avaliados, identificando se existiam alterações nas habilidades avaliadas e investigando se haviam fatores de risco para transtornos de aprendizagem.

Implementou-se, então, um programa de instrução, voltado para as habilidades alteradas, conforme o desempenho do grupo classe. Após um período de intervenção os alunos foram reavaliados e aqueles que permaneceram com dificuldade, ou seja, não responderam à intervenção, se direcionaram para a segunda camada, que consistiu em um grupo menor e com estratégias de intervenção ainda mais sistemática.

A terceira camada foi direcionada para os alunos que não responderam às intervenções da primeira e da segunda camada, e necessitaram de avaliação complementar e acompanhamento mais individualizado e especializado. O projeto piloto foi aplicado nas escolas municipais José Cardoso Osório, Lucas Estevão e Santa Quitéria e foram contemplados 74 alunos.

De acordo com as fonoaudiólogas do Núcleo de Apoio Educacional da Secretaria de Educação e tutoras do programa junto às escolas, Márcia Adriana Alcântara Lemos de Oliveira e Alessandra Maria Machado Souza Costa “a aplicação do RTI requer rigor na avaliação e intervenção, com o uso de método sistemático e com comprovação científica. Na avaliação, por exemplo, são utilizados instrumentos específicos para identificar áreas que necessitam de intervenção direcionada. Para isso a importância da tutoria das fonoaudiólogas junto aos professores e equipe pedagógica, uma parceria que contribuiu para o sucesso e efetividade do programa. Os resultados foram satisfatórios e muito eficazes para auxiliar os alunos e professores”.

De acordo com o secretário de educação, Rodrigo Mendes, para 2023 a intenção é “ampliar o programa Modelo de Resposta a Intervenção (RTI) para toda a rede, contemplando os alunos do 1º e 2º anos do Fundamental I, público alvo do programa”.

Encontros

Ainda como ações da fonoaudiologia educacional foi firmada parceria com as escolas e realizados dois encontros de capacitação dos pedagogos da rede municipal de ensino, nos meses de junho e outubro. O primeiro encontro “Compreendendo a dislexia”, foi discutido como a leitura se processa no cérebro, nas situações típicas e nas situações desviantes, conceituação da dislexia e marcadores de risco para o transtorno.

O segundo encontro “Oficina de práticas em leitura”, foram apresentadas e discutidas um conjunto de estratégias para intervenção e estimulação da leitura no ambiente educacional.  

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