Com homenagens a Ray Charles e Pixinguinha, Congonhas recebe o Festival Tudo é Jazz no fim de semana

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Congonhas se prepara para, mais uma vez, ser palco de uma das etapas do maior festival de jazz da América Latina, o Tudo é Jazz. Apresentado pela Gerdau, o evento homenageará Ray Charles e Pixinguinha com shows de 16 a 18 de agosto (sexta-feira a domingo), e a exposição “Ray Pixinguinha”, que ficará até o dia 03 de setembro, na Romaria, rua Alípio Barbosa, 249. A programação é toda gratuita.

. O percussionista mineiro Tulio Araújo. Foto: Paulo Colen/Divulgação

O Tudo é Jazz, que nasceu em Ouro Preto e já está em sua 22ª edição, extrapolou fronteiras após a pandemia e chegou em Congonhas, Ouro Branco, Itabirito e Belo Horizonte, com o objetivo de democratizar o gênero musical. E, para alcançá-lo, mescla o jazz a outros estilos de músicas mais elaboradas que atraem novos públicos. “O festival promove o intercâmbio entre os mais variados estilos de jazz do Brasil e do mundo e, com o passar dos anos, veio agregando uma pluralidade sonora, sempre com o jazz como fio condutor”, comenta Rud Carvalho, diretor do Tudo é Jazz.

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Programação musical

A primeira apresentação musical será no dia 16 de agosto (sexta-feira), às 20 horas, com o DJ Montana. Português radicado no Brasil, Montana usa e abusa de um mix de músicas brasileiras e internacionais no seu repertório que passeia pelo Pop-rock, Disco House, Hip-Hop, Funky Grooves e Brasilidades. Sob a sua execução, é impossível não se sentir tocado, seja pela alegria, emoção e até mesmo reflexão, já que ele usa a música para compartilhar emoções e sentimentos.  Mas tudo com um ritmo que exalta a diversão e a felicidade. Portanto, é quase impossível ficar parado em suas apresentações.

Encerrando a noite, às 21h15, a banda Happy Feet, formada por Thaís Moreira (vocal), Marcelo Costa (trompete e voz), Fred Natalino (piano), Yan Vasconcellos (contrabaixo) e Bo Hilbert (bateria), levará a energia e o clima do jazz e da música popular americana em um tributo memorável ao genial Ray Charles, considerado o pioneiro da soul music, blues e jazz do mundo.

No sábado, dia 17, a programação começa às 20 horas com o tributo à Pixinguinha – considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira e que contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva – será executado pelo percussionista mineiro Tulio Araújo, reconhecido internacionalmente e que se destaca pela irreverência e criatividade no pandeiro. No show, Tulio estará acompanhado por Marcos Frederico no bandolim, Wagner Andrade no violão 7 cordas e Rafa Zavagli no cavaco.

Em seguida, sobe ao palco a cantora, compositora e multi-instrumentista, Carla Sceno. Nascida em Viçosa vem se destacando no cenário brasileiro com seu trabalho autoral e de intérprete, com a sua voz que passeia com maestria do R&B norte-americano ao nosso samba brasileiro. Com um timbre inconfundível, a cantora interpreta grandes clássicos do Jazz e da Black Music nacional e internacional, além de suas composições, hoje já colecionando mais de 300 obras escritas.

Nos dois últimos anos, a cantora se apresentou em vários festivais como Tudo é Jazz, Marte Festival, Palco Ultra Festival, Urban Festival, Buena Vista Festival, Festival de Cinema de Ibitipoca, Savassi Jazz Festival etc. Nesse momento a artista se dedica a produção de seu novo álbum que será lançado no final de 2024.

O último dia do Tudo é Jazz (domingo) traz o Viola ao Vento, às 16 horas. Criado em 2016, o grupo surgiu da vontade de registrar um trabalho feito na viola caipira de uma forma original com arranjos personalizados de músicas tocadas e cantadas em diversos estilos musicais. Pelo YouTube, a violeira Daniella Nascimento deu o pontapé inicial para o projeto destinado ao entretenimento, fazer musical e suas diversas manifestações. Como o próprio nome sugere, traz na sonoridade da viola, a leveza e a liberdade capazes de proporcionar uma experiência única.

E fechando a programação musical em Congonhas, às 17h30, o Nossa Batida convida Júlia Ribas e Patrick Blancos. O projeto Nossa Batida cria novos arranjos para clássicos da música brasileira. Em cada show, leva diferentes cantores para interpretar músicas carregadas de novidades e bem desvinculadas das versões originais. O trabalho tem uma sonoridade que mistura o samba-jazz e a soul music.

Com estreia neste ano de 2024, o show conta com a banda formada por Gustavo Figueiredo nos teclados, Adriano Campagnani no baixo e André Limão Queiroz na bateria. Como convidados especiais em Congonhas, o Nossa Batida levará dois cantores com forte personalidade musical: Júlia Ribas e Patrick Blancos.

Exposição

A cada edição, o Tudo é Jazz é ilustrado com uma exposição artística e, este ano, traz desenhos e rabiscos de autoria do artista e estilista Ronaldo Fraga, retratando os homenageados, que poderá ser visitada de 16 de agosto a 03 de setembro, na Romaria, em Congonhas. “Todas as minhas criações partem do caderno de desenho. Sou um ser analógico. Amo essa coisa do rabisco e do desenho. Desde o primeiro momento que foi proposto e aceito pela direção do Tudo é Jazz que o encontro deste ano fosse entre esses dois gênios da música internacional e brasileira, eu comecei a rabiscar e a desenhar os dois sem compromisso algum. O resultado dessa catarse estará na exposição”, comenta o artista, responsável também pela direção artística do festival, assinando a identidade visual das peças gráficas e a cenografia da exposição itinerante e dos palcos todas as cidades por onde o evento acontece.

Neste ano, a curadoria do Tudo é Jazz é do pianista, compositor e arranjador Gustavo Figueiredo e a direção geral do produtor cultural, Rud Carvalho e realização da Alce – Associação Livre de Cultura e Esporte.

Em Congonhas, o Tudo é Jazz é realizado com patrocínio da Gerdau e da Cemig, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. Possui também patrocínio da Brasilcap e do Farid Supermercados, pela Lei Rouanet.

Quem foi Pixinguinha

Alfredo da Rocha Viana Filho, mais conhecido como Pixinguinha, foi compositor, arranjador, flautista e saxofonista brasileiro. Nasceu na cidade do Rio de Janeiro (RJ) em 23 de abril de 1897 e, em 1964, no dia do seu aniversário, o governo brasileiro instituiu o “Dia Nacional do Choro” como forma de homenageá-lo. Pixinguinha é considerando uma das maiores figuras do choro e da música brasileira.

Quem foi Ray Charles

Ray Charles Robinson (1930-2004) foi um pianista, cantor e compositor norte-americano, uma das personalidades mais relevantes do soul, blues e jazz no século XX e considerado um dos cantores mais icônicos e influentes da história.  Nasceu em Albany, uma pequena cidade do estado da Geórgia, nos Estados Unidos, no dia 23 de setembro de 1930, e ainda pequeno mudou-se com a família para Greennville, na Flórida. Aos sete anos, perdeu a visão.

Sobre o Tudo é Jazz

O Festival Internacional de Jazz de Ouro Preto – Tudo é Jazz é um evento artístico-cultural de música que, até a pandemia, acontecia anualmente, na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais. Desde 2022, quando completou 20 anos, expandiu sua programação para Belo Horizonte e outros municípios do interior mineiro. Neste ano de 2024, serão contempladas as cidades de Congonhas, Ouro Branco, Itabirito, além de Ouro Preto e a capital do Estado.

O Festival promove intercâmbio entre os mais variados estilos de jazz do Brasil e do mundo e já trouxe para o Brasil mais de 1.600 músicos que se apresentaram em teatros, praças públicas, cortejos, workshops e pocket shows.

O Tudo é Jazz reúne a tradição e a inovação, conectando artistas de gerações e nacionalidades distintas, levando ao público o que há de mais relevante na música produzida atualmente, não apenas no Brasil, mas também em outras partes do mundo. O urbano, o clássico e o contemporâneo se encontram neste espaço marcado pela pluralidade sonora onde o jazz é o fio condutor.

Mais informações no site: www.tudoejazz.com

Instagram: @tudoejazz

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