Alerta aos pais: Casos de doenças respiratórias em crianças aumentam em Congonhas com a chegada do tempo seco

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Com a chegada do período sazonal, que costuma durar cerca de cinco meses, profissionais da saúde em Congonhas acendem o alerta para o aumento de casos de doenças respiratórias em crianças. As mudanças bruscas de temperatura e o clima seco, característicos da cidade, favorecem o agravamento de infecções virais e bacterianas que afetam especialmente os pequenos.

Segundo o pediatra Dr. João Ricardo, que atua há muitos anos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 horas) do município, é cada vez mais comum a procura por atendimento médico com queixas como tosse, febre, coriza e dificuldade para respirar. Os diagnósticos mais frequentes neste período são de bronquiolite e IVAS (infecção das vias aéreas superiores). “A bronquiolite atinge a parte inferior das vias respiratórias, o pulmão. Já a IVAS afeta mais as vias superiores. Ambas são provocadas por vírus como o rinovírus, o adenovírus e o vírus sincicial respiratório, este último bastante agressivo nas crianças pequenas”, explica o médico.

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O quadro clínico pode começar com sintomas simples, mas evoluir rapidamente para um agravamento. “Os bronquíolos, que são estruturas pequeninas nos pulmões, ficam cheios de secreção, o que impede a troca de oxigênio. A criança começa a se esforçar para respirar, deixa de mamar, se alimenta mal e pode desidratar. Isso pode levar à chamada Síndrome Respiratória Aguda Grave”, alerta o secretário de Saúde, Dr. Gilmar Seabra. Diante disso, Dr. Ricardo orienta os pais a ficarem atentos aos sinais de gravidade: respiração acelerada, afundamento da barriguinha e do peitinho, movimentação excessiva das narinas, lábios ou extremidades arroxeadas, recusa alimentar e sonolência excessiva. “Se notar qualquer um desses sinais, leve imediatamente ao hospital. Quanto mais cedo for iniciado o atendimento, melhor o prognóstico.”

Congonhas já estruturou a rede de atendimento para receber os casos graves. A UPA conta com leitos de urgência e emergência, e o Hospital Bom Jesus também está preparado. “Caso necessário, a criança pode ser transferida para um leito de CTI. Por isso, o monitoramento e a rapidez no atendimento fazem toda a diferença”, reforça o médico.
A Secretaria Municipal de Saúde está empenhada em conter o avanço dos casos e conscientizar a população. Entre as principais medidas preventivas estão:

Manter a vacinação em dia, especialmente contra a gripe, já disponível nos postos de saúde e pelo Vacimóvel;
Lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel;
Evitar locais fechados e aglomerações, como supermercados e festas;
Limpar e desinfetar superfícies e objetos com os quais as crianças têm contato;
Evitar exposição a poeira, fumaça e mofo, que irritam as vias respiratórias.

“O cuidado começa em casa, com higiene e atenção. Mas quando a criança apresentar qualquer sinal de agravamento, não se deve hesitar em procurar o atendimento médico. A gente tem equipe preparada, pediatras atuando tanto na UPA quanto no hospital, e toda a rede mobilizada para acolher esses pacientes”, afirma o médico.

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